Árvore gigante de 500 anos no Brasil está ameaçada de extinção

 

Um gigante silencioso da natureza foi descoberto no coração da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) registraram um jequitibá-rosa gigante aproximadamente 40 metros de altura – equivalente a um prédio de 13 andares – e sete metros de circunferência.

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A árvore, localizada no Parque Estadual da Pedra Branca, em Guaratiba, tem  aproximadamente 500 anos. O achado reforça a importância da preservação da Mata Atlântica, um dos biomas mais ameaçados do país.

Apesar de estar em uma área protegida, a espécie corre risco de extinção devido ao desmatamento e à exploração de madeira ao longo dos séculos. Para os pesquisadores, encontrar um exemplar tão antigo é motivo de esperança para a conservação.

Onde o gigante vive

O jequitibá-rosa está localizado a 1 km dentro da mata e a 200 metros de altitude, em uma área particular conhecida como Sítio Jequitibá-Rosa.

A posição privilegiada contribuiu para que ele fosse preservado durante tantos séculos.

Segundo os biólogos da Fiocruz Mata Atlântica, Monique Medeiros Gabriel e Jaílton Costa, a região abriga ainda outros exemplares da espécie, além de uma rica diversidade de árvores de grande porte.

Espécie em risco

Exclusivo da Mata Atlântica, o jequitibá-rosa enfrenta ameaça constante devido à perda de habitat.

A descoberta de um exemplar tão antigo e imponente reacendeu as esperanças dos pesquisadores.

O biólogo Thiago Fernandes explica que a árvore foi marcada para coleta de sementes e produção de mudas no horto da Fiocruz Mata Atlântica.

O objetivo é reintroduzir a espécie em áreas degradadas, seguindo recomendações do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora).

Além do jequitibá-rosa

A descoberta integra o projeto Biota Pedra Branca, que tem como foco a preservação da biodiversidade da Floresta da Pedra Branca – considerada a maior remanescente de Mata Atlântica da cidade do Rio e também a maior floresta urbana do mundo.

O projeto também prevê a criação de um sistema de monitoramento em zoonoses silvestres, para identificar animais, plantas e patógenos da região.

Essa iniciativa será conduzida pela Estação Biológica Fiocruz Mata Atlântica (EBFMT), funcionando como um programa de vigilância de longo prazo.

Olha o tamanho do jequitibá-rosa gigante encontrado no Rio:

Jequitiba-rosa tem tamanho comparável a prédio de 13 andares. - Foto: Fiocruz
Jequitiba-rosa girante tem tamanho comparável a um prédio de 13 andares. – Foto: Fiocruz

Fonte: SNB

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