Olha só que ideia sensacional! Pesquisadores de universidades britânicas criaram um tecido inteligente, capaz de monitorar sinais vitais como temperatura da pele e sinais de eletrocardiograma (ECG). O grande diferencial? Além de oferecer funcionalidades semelhantes a muitos wearables do mercado, o tecido é biodegradável.
Esse avanço responde a um dos maiores desafios do setor: o impacto ambiental causado por dispositivos eletrônicos descartáveis. Tradicionalmente, tecidos tecnológicos incorporam metais não biodegradáveis, como prata, dificultando a reciclagem. Mas agora, os cientistas encontraram uma solução que promete unir tecnologia e sustentabilidade.
Com uma estrutura de três camadas e o uso de materiais como grafeno e o polímero condutor PEDOT:PSS, o tecido não apenas oferece alta performance como também pode ser descartado sem agredir o meio ambiente. A inovação ainda reduz o consumo de água e energia no processo de produção, utilizando impressão a jato de tinta para fixar os elementos eletrônicos.
O que torna o tecido tão especial?
A base do tecido é feita de Tencel, um material extraído da polpa de madeira conhecido pela capacidade de se decompor naturalmente. Sobre essa base, foi adicionada uma camada de interface e outra contendo sensores. Essa combinação permitiu criar um material funcional, leve e biodegradável.
Ao utilizar a tecnologia de impressão a jato de tinta, os pesquisadores conseguiram economizar recursos e evitar desperdícios no processo de fabricação.
Segundo o estudo, essa abordagem não apenas reduz o impacto ambiental, mas também mantém a eficiência necessária para que o tecido funcione como um monitor de saúde.
Testado e aprovado
Para validar o tecido inteligente, os cientistas o integraram a luvas, que foram testadas por cinco voluntários.
Durante os experimentos, o material conseguiu medir com precisão sinais de eletrocardiograma e a temperatura da pele, confirmando a capacidade de atuar como um dispositivo vestível de última geração.
Esses resultados colocam o SWEET (Têxteis Eletrônicos Inteligentes, Vestíveis e Ecológicos) como uma alternativa viável e promissora para o mercado de tecnologia vestível, oferecendo funcionalidades avançadas sem os danos ambientais associados aos dispositivos convencionais.
“Essa abordagem ecologicamente correta nos ajuda a superar as limitações dos materiais tradicionais, permitindo que o tecido se decomponha naturalmente quando descartado”, explicou o professor Nazmul Karim, líder do estudo.
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